Em meio a disparada dos preços do petróleo, a Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) que irá elevar o preço dos combustíveis. Para a gasolina, a alta será de 5,18% e para o diesel de quase 14,26%. Os novos valores começam a ser praticados neste sábado (18).
Por que os preços estão tão altos?
O grande motivo para essas altas é a defasagem do preço em relação ao do mercado internacional.
Segundo a Associação Brasileira de Importadores e Combustíveis (Abicom), a gasolina está defasada em 18% e o diesel em 14%.
Embora os países estejam com aperto monetário com a elevação dos juros para controlar a inflação, o mercado vinha diminuindo seus investimentos no petróleo devido a aspectos ambientais.
Além disso, a guerra no Leste Europeu adiantou o cenário de aperto na oferta do mercado. Também havia uma expectativa de retomada da atividade chinesa, o que adicionou mais pressão à demanda pelo petróleo.
Todos os países estavam contra a produção de energia suja, o que fez com que houvesse uma diminuição da produção de petróleo no mundo todo.
Como a estatal segue uma política de preços do mercado internacional, a alta nos barris e as flutuações do câmbio impactam diretamente o Brasil.
O reajuste nos preços diminui a defasagem com os preços internacionais, o que é positivo para as finanças da petroleira.
Em nota, a Petrobras afirmou que o mercado global de energia está em uma situação desafiadora devido à recuperação econômica mundial e a guerra na Ucrânia.
“Compreendemos os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos e estamos buscando formas de equilibrar os preços com o mercado global, sem repasse imediato da volatilidade dos preços externos e do câmbio”, aponta a petroleira.
Defasagem continua
Mesmo com os reajustes da Petrobras, a Abicom afirma que ainda há uma defasagem de mais ou menos 25% no preço vendido pela estatal – o que prejudica a concorrência.
A defasagem também foi apontada por analistas que disseram que para um melhor retorno aos acionistas, a empresa deveria aumentar os preços atuais.